A ateroesclerose é um processo patológico reversível em que se observa alteração da estrutura da camada íntima das grandes artérias decorrente da presença heterotópica de gorduras.
A patogenia da ateroesclerose envolve estímulos agressores que, atuando na parede endotelial, provocam o aparecimento de fendas na camada íntima. Estas, durante o fluxo sangüíneo, recebem o plasma composto por substâncias de baixo peso molecular — em especial os lipídios —, que passam a se armazenar nas células dessa camada. A presença heterotópica das gorduras inicia a mudança estrutural da parede endotelial das grandes artérias.
As alterações na estrutura das paredes vasculares sofrem evoluções que contribuem para o agravamento da ateroesclerose. Pode-se dividir essas alterações em duas fases:
- Fase de estrias lipoídicas: as células com gordura armazenada ficam dispostas em sentido longitudinal, formando verdadeiras estrias de gordura.
- Fase de placas de ateroma: as células passam a se agrupar em vários sentidos, originando placas gordurosas. Os elementos celulares localizados mais profundamente nessa estrutura morrem devido à carência nutricional. A placa, inicialmente amarelada pela predominância de gordura, assume coloração esbranquiçada devido à presença de uma cápsula fibrosa envolvendo os restos celulares.
A instalação do processo de ateroesclerose pode originar complicações. Uma mudança na estrutura da parede endotelial pode induzir ao aparecimento de ulcerações, embolia, calcificação, obstrução ou dilatação do vaso e hemorragias.
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